Friday, July 26, 2024
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[Homenagem] O nome dela era Marielle Franco…

Dois anos após o assassinato da eleita e ativista brasileira Marielle Franco no Rio de Janeiro, as homenagens de todo o mundo ainda são numerosas. Esse fervor não se deve apenas ao crime em si, ainda sem solução, e à lentidão da investigação judicial, que parece confirmar ligações preocupantes entre os assassinos e parentes da família do presidente Jair Bolsonaro.

Nascida nas favelas, Marielle Franco se tornou o símbolo da luta contra o racismo E violência policial, defendendo os direitos das comunidades negras, das mulheres e da comunidade LGBT, mas também da ascensão social – foi eleita para a cidade do Rio de Janeiro em 2017.

“O Futuro da Política”

Durante as filmagens do meu documentário O Legado de Marielle Não Vai Morrer (Justiça para Marielle), sobre o movimento afro-brasileiro que retransmite sua herança política, a ativista Mônica Cunha me explicou que a obrigatoriedade de Marielle Franco representava o futuro da política: ela que estava no cruzamento de várias identidades minoritárias – uma mulher negra feminista das favelas, mãe solteira aos 19 anos, lésbica – encarnou não apenas o renascimento da classe política, mas lutou por uma melhor integração das comunidades com a qual se identificava em um projeto de sociedade mais justa e igualitária.

Marielle Franco queria em especial destacar as raízes africanas do Brasil, a “ancestralidade”, em um país que tem mais de 60% de afro-brasileiros, mas ou as diferenças de riqueza com as elites brancas permanecem consideráveis. Ela lutou especialmente para tornar mais visível a produção intelectual dos negros na história do Brasil, afogada no mito da harmonia racial.

resistência

Ao fazer meu documentário, tomei consciência do papel que devo esperar para manter viva a memória dessas figuras afro-diaspóricas de resistência.

Diante da ascensão do conservadorismo e dos muitos ataques racistas que abundam na Web, esperamos a adoção constantemente uma postura de contra-ataque que nos priva de um tempo precioso para contar a História que queremos transmitir às gerações futuras. .

Hoje, sonho com livros didáticos que têm figuras da resistência como a dele na capa. O Instituto Marielle-Franco, fundado por sua família, atua ativamente ali. Nesta triste data de aniversário, juntemos as nossas vozes às pessoas que diariamente a defendem do outro lado do Atlântico: Marielle está conosco, hoje e Pára sempre.

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